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19
Set17

Crítica de filmes ainda não vistos: Mother!

Domingos Farinho
Ainda não vi o Mother mas sei o que posso esperar. Aronofsky nunca deixa de me impressionar, mesmo quando não gosto dos filmes dele ou me passam ao lado. Já tendo visto quase toda a sua escassa filmografia de longas-metragens, com a exceção de Black Swan e The Wrestler (já encomendados, já encomendados...) sou o que pode chamar-se um interessado em Aronofsky. Não propriamente fã. O meu olhar sobre a obra de Aronofsky está mais perto do fascínio que o objeto científico estabelece sobre o investigador do que a atração que o artista exerce sobre o sujeito da arte. Não foi sempre assim. E até sei bem quando tudo mudou. 
 
No princípio, e o princípio foi algures no princípio da década passada, na já desaparecida sala Cine 222, sentei-me para ver Requiem for a Dream. Não sabia ao que ia. Não sabia quem era Jenniffer Connelly, quem era Jared Leto. Não sabia quem era Clint Mansell. Na verdade só sabia quem eram os Kronos Quartet. É verdade que durante uns bons anos achei que o meu fascínio com o filme se devia à banda sonora - brutal, viciante, maravilhosa - mas depois revi o filme algumas vezes e percebi que  tudo estava no ritmo e na alternância entre credulidade e incredulidade, aqui com pretexto das drogas. Foi uma dessas revisões do Requiem for a Dream que me levou a procurar mais daquele Aronofsky. Mas só havia mais uma longa-metragem, Pi. Outra experiência-limite, de contrastes, de obsessão, de loucura, um thriller psicológico if ever there was one no sentido meta-próprio da expressão. Tudo isto é muito apropriado para Aronofsky. Fiquei fã de Aronofsky com Requiem for a Dream e Pi. Tudo isto durou até 2014 e provavelmente descobrirei em breve que poderia ter durado menos.
 
Em 2007 vi The Fountain, um filme que ainda hoje, volta e meia, revejo em dias muito quentes ou muito frios devidamente acompanhado da bebida indicada. The Fountain é um daqueles filmes que me agrada por ser uma permissão de entrada na loucura íntima de um artista, sem compromissos. Perceber as suas alegorias. Vai acontecendo no cinema cada vez menos (Jarmusch, em tempos, por exemplo). E isso é um privilégio, se alguma daquela loucura encontra contactos com a nossa própria atenção. Mas The Fountain deixou-me um sabor amargo na boca, algo semelhante ao que me viria a deixar a The Tree of Life de Malick em 2012. São filmes que podiam ser uma peça, um degrau numa grande cinematografia mas que sucedidos por experiências amargas tornam-se obras maculadas, como se nelas já estivesse a semente do desencanto com um realizador que até então fora para nós um dos grandes, um dos nossos. Noah teve esse efeito sobre The Fountain. De repente The Fountain não era assim tão bom, já lá estavam os sintomas do estranhamento entre mim e Aronofsky, eu tinha-me iludido e tinham razão os críticos (mas há sempre críticos...) do filme de 2006. Noah é um filme interessante para discutir num seminário sobre judaísmo ou para ter a passar numa parede numa festa temática sobre a origem do vinho, mas não é um grande filme. Noto que sou o mais acérrimo fã de Russell Crowe, e não há epíteto de canastrão que me demova, e noto também que sou especialmente interessado em temas do Antigo Testamento. Podia, pois, estar tudo alinhado, mas faltou obsessão, faltou risco e houve imaginação do Genesis a mais e de Aronofsky a menos. Muito menos do que eu me tinha habituado a gostar e a querer, como no mais recente Malick, mas assim é a vida.
 
Calculem pois o meu interesse em Mother!, em que do pouco que li, há a esperança num regresso aos temas que contêm melhor a loucura de Aronofsky, do que a vida eterna e o Dilúvio. Espaço para a alegoria mas devidamente alegórica, isto é, ancorada nos gestos e ferramentas do humano, nessa tradução que dá origem à perfeita alegoria. Essa contenção produziu em Pi e Requiem for a Dream ótimos filmes e ainda conseguiu marcar parte de The Fountain, embora já em perda. Talvez Mother! permita regressarmos a isso, a algo que em Aronofsky hoje me parece evidente: os temas cósmicos e existenciais de que tanto gosta só encontram em si terreno para o brilhantismo quando os explora a partir de temas com escalas modestas, humanas, comezinhas.  Por outro lado pode apenas confirmar que ele se perdeu na sua própria visão e essa perda, essa linguagem privada, torna a hipótese de gostar dos seus filmes muito menor, porque as pontes para quebrar essa privacidade da linguagem são completamente erráticas e fruto de acasos. A ver vamos, está quase a estrear. De um modo ou de outro aposto que encontraremos a visão louca de Aronofsky filmada com a mesma dosagem de alternância de ritmos e de estilos que sempre encontramos nele. Só é preciso que uma trama de fundo não o deixe perder-se em linguagens privadas ou cedências ao (re)conhecido.



Adenda: entretanto, saiu este artigo do Guardian sobre o filme, que vai muito bem com o meu texto.


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Trabalhos publicados

- A Suspensão de Eficácia dos Actos Administrativos em Acção Popular


(in Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Vol. XLII - N.º 2, 2001, Coimbra Editora);


- Em Terra de Ninguém - Da interrupção e suspensão de obras em terrenos expropriados - Ac. do STA de 24.10.2001, P.º 41624


(in Cadernos de Justiça Administrativa, n.º 49, Janeiro/Fevereiro, 2005, CEJUR - Centros de Estudos Jurídicos do Minho);


- As Regras do Recrutamento Parlamentar Partidário em Portugal


(in Revista da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Vol. XLVI - N.º 1, 2005, Coimbra Editora);


- Intimidade da Vida Privada e Media no Ciberespaço, Coimbra, Almedina, 2006


- Para além do Bem e do Mal: as Fundações Público-Privadas


(in Estudos em Homenagem ao Professor Marcello Caetano, no Centenário do seu nascimento, Vol. I,Coimbra Editora, 2006);


- Todos têm direito à liberdade de imprensa? - a propósito do caso Apple v. Doe no Tribunal de Apelo do Estado da Califórnia


(in Jurisprudência Constitucional, n.º 12, Outubro-Dezembro, 2006, Coimbra Editora);


- O Direito Fundamental de Fundação - Portugal entre a Alemanha e a Espanha


(in Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor Sérvulo Correia, Vol. I, Coimbra Editora, 2010);


- Alguns problemas de governo fundacional de uma perspectiva normativa-orgânica


(in O Governo das Organizações - A vocação universal do corporate governance, Coimbra, Almedina, 2011);


- As fundações como entidades adjudicantes


(in Revista dos Contratos Públicos, n.º 4, 2012);


- Brevíssimo balanço do regime jurídico das pessoas colectiva de utilidade pública: uma perspectiva fundacional


(in Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor Jorge Miranda, Volume IV - Direito Administrativo e Justiça Administrativa, Coimbra, Coimbra Editora, 2012);


- Empresa e fundações: uma união mais forte?


(in Revista de Direito das Sociedades, Ano IV (2012), n.º 1, Coimbra, Almedina)


- Governo das Universidades Públicas (brevíssimo ensaio introdutório jurídico-normativo)


(in O Governo da Administração Pública, Coimbra, Almedina, 2013);


Breve comentário ao âmbito de aplicação do Código do Procedimento Administrativo, na versão resultante da proposta de revisão


(in Direito&Política / Law&Politics, n.º 4, Julho-Outubro, 2013, Loures, Diário de Bordo)


A propósito do recente Decreto-Lei n.º 138/2013, de 9 de Outubro: a escolha dos parceiros do Estado para prestações do Estado Social - em particular o caso das IPSS na área da saúde


(in e-pública - Revista Electrónica de Direito Público, n.º 1, Janeiro 2014);


O alargamento da jurisdição dos tribunais arbitrais

(in Gomes, Carla Amado; Neves, Ana Fernanda; e Serrão, Tiago, O anteprojecto da revisão do Código de Processo nos Tribunais Administrativos e do Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais em debate, Lisboa, AAFDL, 2014, p. 421 a 429)


- Fundações e Interesse Público , Coimbra, Almedina, 2014


O âmbito de aplicação do novo Código do Procedimento Administrativo: regressar a Ítaca

(in Gomes, Carla Amado; Neves, Ana Fernanda; e Serrão, Tiago, Comentários ao Novo Código do Procedimento Administrativo, Lisboa, AAFDL, 2015, p. 121 a 150)


Seleção de administradores designados pelo Estado em fundações privadas com participação pública

(in Vários, A designação de administradores, Lisboa, Almedina, 2015, p. 345 a 365)


Interesse público e poder judicial

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As vantagens da arbitragem no contexto dos meios de resolução de conflitos administrativos

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A sociedade comercial como empresa social - breve ensaio prospetivo a partir do direito positivo português

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Empresa Social, Investimento Social e Responsabilidade pelo Impacto

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Regras especiais de contratação pública: os serviços sociais e outros serviços específicos

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O tratamento de dados pessoais na prossecução do interessse público e o Regulamento Geral de Proteção de Dados: uma primeira abordagem

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Governar melhor os serviços públicos: em defesa dos "departamentos transversais"

in Constituição e Governança - V Seminário Luso-Brasileiro de Direito, Mendes, Gilmar Ferreira; Morais, Carlos Blanco de; e Campos, César Cunha, Brasília, FGV Projetos, 2018.


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in Gomes, Carla Amada; Neves, Ana Fernanda; e Serrão, Tiago (coord.), Organização Administrativa: Novos actores, novos modelos, Volume I, Lisboa, AAFDL, 2018, p. 693-712.


As fundações públicas em Portugal


in Gomes, Carla Amada; Neves, Ana Fernanda; e Serrão, Tiago (coord.), Organização Administrativa: Novos actores, novos modelos, Volume II, Lisboa, AAFDL, 2018, p. 5-56.


Programas de integridade e governança das empresas estatais: uma visão portuguesa no contexto da União Europeia


in Cueva, Ricardo Villas Bôas; e Frazão, Ana (Coord.), Complicance: perspectivas e desafios dos programas de conformidade, Belo Horizonte, Fórum, 2018, p. 233-249.


Empreendedorismo e Investimento Social


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Liberdade de expressão na internet (em co-autoria com Rui Lanceiro)


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Delimitação do espectro regulatório de redes sociais


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O âmbito de aplicação do Código do Procedimento Administrativo


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A legitimidade popular no contencioso administrativo português


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A Barreira Invisível: a dicotomia gestão pública/gestão privada e os regimes de responsabilidade civil extracontratual aplicáveis ao Estado - Anotação ao Acórdão do Supremo Tribunal do Administrativo de 23 de abril de 2020, Processo n.º 02431/09.1BELSB


in Revista de Direito Administrativo, Número Especial, Setembro '20, Carla Amado Gomes e Tiago Serrão (Coord.), AAFDL Editora", pp. 45-56.


Da Boa Razão à Razão Pública


in Marques, Cláudia Lima / Cerqueira, Gustavo, "A função Modernizadora do Direito Comparado - 250 anos da Lei da Boa Razão", São Paulo, YK Editora, 2020, pp. 243-260.


A fina linha vermelha: a forma de exercício de competência jurídico-administrativa - Ac. do STA de 13.2.2020, P. 1818/15.5BELSB


in Cadernos de Justiça Administrativa, n.º 139, Janeiro-Fevereiro 2020, p. 50-69


Princípio da administração aberta: a evolução do direito positivo português


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Todas as IPSS são entidades adjudicantes? Contributo para uma interpretação constitucionalmente conforme do critério do controlo de gestão face ao Estatuto das IPSS: comentário ao Acórdão do TCA do Sul, de 10 de outubro de 2019, P.º n.º 836/19.9BELSB


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Estatuto de Utilidade Pública Desportiva – Contributo para a delimitação das competências jurídico-administrativas das federações desportivas


in e-Pública Revista Eletrónica de Direito Público, Vol. 8, n.º 1, Abril 2021


A Right of Access to State-held Information Concerning the Education and Work History of (Elected) Candidates for Parliament


in European Data Protection Law Review, Volume 7 (2021), Issue 2, pp. 327 - 335.


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The new “right to protection against disinformation” in Portugal


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Fundamental rights and conflict resolution in the Digital Services Act Proposal: a first approach”


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in Morais, Carlos Blanco; Mendes, Gilmar Ferreira; and Vesting, Thomas, The Rule of Law in Cyberspace, Cham: Springer, 2022, pp. 331-348


Self-Regulation and Public Regulation of Social Networks in Portugal


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"Interesse público e exercício de autoridade pública como fundamentos de licitude de tratamento de dados pessoais"


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A tutela do Estado sobre as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)


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O fotograma que serve de fundo a este blog foi retirado do filme "Rouge", de Krzysztof Kieslowski, de 1994.


Ao Pedro Neves, da equipa dos Blogs Sapo, um agradecimento especial pela sua disponibilidade e ajuda.